TARRAFAS- CE

TARRAFAS- CE
Nosso coração está onde estão nossos amores! Família Amor da minha vida.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Serra dos Bastiões: uma pesquisa dos cactos e da mata ciliar.

Abençoando Tarrafas.
                                         Uma linda visão ...
                                             

                                                   Vale dos Batiões
                                               Os cactos...
                                                Mata ciliar.

Fotos- Turma Pós em Educação Ambiental

                                            Estudar é acima de tudo educar-se a si mesma.(Oscarina Alcantara)
                              Aprender conteúdos é fácil, mudar hábitos é tarefa extremamente dificil.
                                          No convívio é que descobrimos algumas afinidades.
                                                            Uma turma maravilhosa.

ANTONIA OSCARINA ALCANTARA - DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL -

Síntese

No contexto, social, econômico e ambiental é comum ouvirmos falar no termo desenvolvimento sustentável,hoje em palestras, oficinas e nas grades curriculares nacional brasileira já é constitucional a educação ambiental, isso acontece pelos grandes problemas que a humanidade vive nos aspectos ambientais, com isso surge o termo desenvolvimento sustentável, que é um estudo de produzir um desenvolvimento de qualidade de vida a população sem provocar a natureza sua destruição, vale ressaltar que esses discursos e debates sobre desenvolvimento sustentável que hoje prega-se  no contexto das problemáticas ambientais já vem sendo pesquisado a muitos anos por ambientalistas.
                  Alguns pesquisadores, como Leff há mais de 10 (Dez) anos atrás já expôs sua preocupação com os aspectos ambientais, o desenvolvimento global e o meio. Antes nos anos 60 e 70 depois da Conferencia das Nações Unidas sobre o meio ambiente humano já pensaram- se no meio ambiente discutindo a degradação ambiental no meio civil e moderno.
      Discursos positivos aconteceram no percurso da história sobre as causas ambientais, a criação do Clube de Roma, formado por 30 pesquisadores de diversas funções distintas, de 10 países diferentes, de culturas diferentes debateram a crise e o futuro da sociedade.
Muitas Conferências Mundiais e a Construção da agenda 21, contribuíram para uma visão do desenvolvimento sustentável. As empresas devem cumprir ações que diminua as degradações provocadas por elas a natureza.
Desenvolvimento sustentável é todo e qualquer projeto local, nacional ou mundial que garanta ao meio uma ação correta, viável, socialmente justa e culturalmente aceito. Todo projeto tem que ser planejado e avaliado no contexto social, econômico, ambiental e cultural. Se um projeto conter as quatro dimensões  essenciais como: ser ecologicamente viável, ecologicamente correto, socialmente justo e culturalmente aceito  sem dúvida construirá o desenvolvimento sustentável.
Os projetos precisam sensibilizar a conscientização interna da ceda ser, se não houver o desenvolvimento sustentável não haverá desenvolvimento econômico,será apenas um crescimento de capital onde inúmeros são desfavorecido e poucos são beneficiados, pois o capitalismo não leva em consideração os aspectos sociais e igualitários de um povo.
Pensar em sustentabilidade e responsabilidade com a vida e com o meio , não é apenas uma compreensão dos problemas ambientais, mas de fato vivenciar tentando amenizar pela  prática a crise de percepção fragmentada dos problemas ambientais  em achar que só algumas ciências são responsáveis por estes problemas, quando na realidade percebe-se que os problemas ambientais é uma preocupação hoje de todas as ciências.
Conclui-se que desenvolvimento sustentável não pode ser analisado por medidas fragmentadas, que contribuem para degradação, desigualdade, enfraquecimento social e cultural, mas trabalhar o desenvolvimento sustentável no universo da vida, considerando-o em todas as ciências, em todos os aspectos ambientais, econômicos sociais e culturais.

HINO DE TARRAFAS


HINO DE TARRAFAS
Autor:

letra e música(José Jesus Leite)

Ao valente nativo guerreiro

Homem branco estendeu-lhe a mão,

Pelos vales os rios ensejam,

O porvir da nova geração.

Vastos campos,Solo fértil,

Aflorando as plantações,

Ó Tarrafas, terra amada,

Que enaltece nossos corações.

A história bem viva nos conta,

Aroeira fazenda primeira,

Um tributo jamais esquecido

À senhora Tereza Moreira.

As pousadas,Os tropeiros,

Água doce,Dos Bastiões.

Ó Tarrafas terra amada,

Que enaltece nossos corações.

Os teus filhos no tempo marcharam,

Trabalhando a honrosa missão,

E do sonho veio a liberdade,

Resplandece a emancipação.

Vida nova,És princesa,

O progressoAs construções.

Ó Tarrafas, terra amada,

Que enaltece nossos corações.

Quando somos levados ao longe,

Pela força da realidade,

Permaneces em nossas lembranças,

Mergulhados no mar da saudade.

Regressamos,A dor contida,
No abraço,As emoções.
Ó Tarrafas , terra amada,
Que enaltece nossos corações.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Projeto de Pesquisa: A INFLUÊNCIA AFRICANA NA LINGUA PORTUGUESA

UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI- URCA
PRÓ-REITORIA DE PÓS GRADUAÇÃO E PESQUISA
CENTRO DE HUMANIDADES
DEPARTAMENTO DE LÍNGUAS E LITERATURAS
CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
ESPECIALIZAÇÃO
ENSINO DA LINGUA PORTUGUESA E LITERATURAS BRASILEIRA E AFRICANA DE LINGUA PORTUGUESA.









A INFLUÊNCIA AFRICANA NA LINGUA PORTUGUESA

 

Projeto de Pesquisa



                                                                                                                     





Antonia Oscarina Alcantara













AGOSTO — 2008
Crato-Ce

 

Apresentação


As origens da língua portuguesa muito contribuíram e contribuem para o estudo da língua portuguesa atual, ou dos tempos da contemporaneidade. Para compreendermos nossa língua e seus complexos lingüísticos se faz necessário um estudo estilístico e onomástico das mais diversas palavras de origens africanas e indignas, já que essas foram grandes influenciadores da língua portuguesa. Detalharemos-nos as palavras da língua portuguesa de origem africana.
O campo da estilística neste trabalho se desenvolve com base numa cultura antiga que muito contribuiu para a formação de muitas palavras na língua portuguesa e que, essas raízes, tem sido nos tempos atuais mais respeitadas na nossa cultura, tornando as origens da nossa língua um caráter de estudo moderno e ao longo dos anos de suma importância para o entendimento e compreensão da língua portuguesa.
Ressaltamos que o ato de nomear está presentes em todas as culturas, desde os mais remotos tempos, em todas as raças, em todas as culturas. Todos os seres foram nomeados. No sistema léxical da língua portuguesa daremos prioridade às palavras de origens africanas pesquisadas em algumas gramáticas da língua portuguesa. É evidente que as Gramáticas são obras mais críticas, pois há muitas contra versas entre autores  visões diferentes, não queremos aqui mostrar uma pesquisa imutável, ou que seja considerada um trabalho exausto, nem queremos fazer crítica a outros autores, que antes, pesquisaram e escreveram sobre a influência africana na língua portuguesa. O que queremos é mostrar o resultado de uma pesquisa que é nossa fonte de verdade no conhecimento que temos hoje, considerando as muitas leituras conotativas e os estudos feitos no propósito de explicar como a influência da língua africana contribuiu para a formação da língua portuguesa, através de sua rica estilística, de sua cultura, de sua formação e do seu valor lingüístico.
O objetivo alvo é problematizar, o que antes já foi explanado numa visão inovadora, um estudo sincrônico e diacrônico sobre a influência africana na língua portuguesa brasileira. De modo a engrandecer esse léxico de palavras africanas introduzidas em nossa língua portuguesa, e, a viabilizar novos estudos na estilística da língua portuguesa. Não pretendemos subjugar ou atribuir juiz de valor a nenhuma das línguas pesquisadas, apenas fielmente trazer uma reflexão sobre a língua que usamos no nosso dia-a-dia.






           



Justificativa


Podemos contender o léxico português através de um estudo sincrônico (que ocorre ao mesmo tempo) e diacrônico (lida com a evolução temporal de determinado fato), da história da língua portuguesa e a influência de línguas afros em nosso português brasileiro.
A história africana na língua portuguesa, teve início quando milhares de africanos foram tragos ao Brasil como escravos para os trabalhos em mineração, ou ainda em trabalhos rurais nos grandes canaviais, nos engenhos, nas colônias. Por quase trezentos anos, povos de todas as partes da áfrica eram tragos em condições animais para a exploração dos seus serviços aos senhores feudais brasileiros. Com isso a língua falada na colônia recebeu novas contribuições e dentre esses milhares de africanos escravizados no Brasil destaca-se dois grandes grupos: O Banto, que em sua origem a forma é panga (companheiro), que entrou para o português com o acréscimo do prefixo diminutivo ca, que nos relata “capanga” em sua origem significa (companheiro); e o Guineano-sudanês. Entre as várias línguas que esses povos falavam, quatro dessas influenciaram razoavelmente o português brasileiro. Do Banto, cabe relatar, o Quimbundo (Angola) e o Quicongo (Congo), e, do grupo Guineano- sudanês, fazemos menção do Iorubá ou Nagô (Nigéria) e o Eue ou Jeje (Benim).
Pode-se entender que a influência de dialetos africanos muito contribuiu para a amplitude do sistema lexical brasileiro. Como percebemos há muitos razões para o estudo específico da lingüística, primeiro pelo fato de nossa língua ter sofrido grandes influências (italiana, francesa, indígena, africana, alemã, espanhol, e inglesa). No estudo da diacronia da lingüística brasileiro, vemos como se deu essas influências e como elas continuam a se desenvolverem no meio dos dialetos nacional. Hoje nos tempo da contemporaneidade o inglês e a língua que mais influência o nosso dialeto, mas não queremos nos deter a ela. Nosso estudo se limita neste trabalho a influência  africana e ao seu uso na vida dos falantes do português brasileira.
O povo brasileiro desconhece sua própria língua, muitos não tem conhecimento, que das muitas palavras que fala- se no dia- a- dia, e que algumas delas são de origem africana. Quando somos ignorantes não damos a importância devida, mas quando somos conhecedores passamos a observar com olhos diferentes e a ter uma visão crítica daquilo que antes não enxergávamos.
Este trabalho vem a despertar a muitos à sua própria língua e a valorizar tanto ao sistema lingüístico, e os vários dialetos brasileiros, bem como a respeitar as influências africanas presentes no nosso falar cotidiano. É por esses motivos que realizamos uma pesquisas de caráter específico as influências africanas lingüística em nossa língua.

Fundamentação Teórica


O problema é compreender a influência africana na língua portuguesa do ponto de vista estilístico. E dá a devida importância a origem e a história dos dialetos africanos incorporados na língua portuguesa brasileira.
Para fundamentar teoricamente esse texto buscamos apoio nas Gramáticas: Novo Manual de Português de Celso Pedro Luft; Moderna Gramática Portuguesa de Evanildo Bechara; Gramática Histórica da Língua Portuguesa e Formação de Palavras e Sintaxe do Português Histórico de Manuel Saíd; Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa.
O léxico da língua portuguesa incorporou muitas palavras oriundas principalmente das línguas Iorubá e quimbundo, dessas línguas, nas mais diversas culturas brasileiras. Essas palavras estão presente: Nas divindades, praticas religiosas e conceitos e são de uso freqüente no umbanda, quimbanda e candomblé; ex: oxalá (Alta divindade entre os orixás jeje-nagôs, abaixo apenas de Olorum), gongá (Na umbanda e em cultos afro-religiosos não ortodoxos, não raro com elementos ameríndios, o santuário do templo), xangô (Quarto rei lendário de Oyo (África), tornado orixá de caráter violento e vindicativo, cuja manifestação são os raios e os trovões),  ogum (Orixá a quem se atribui a transmissão da técnica da metalurgia do ferro aos homens, e que no Brasil é cultuado mais por sua belicosidade; na umbanda, é protetor das demandas jurídicas dos fiéis), lemanjá (sacerdote), pombajira (companheira de Exu, axé (entre os iorubas, o poder vital, a força, a energia de cada ser de cada coisa. Enérgia sagrada dos orixás), macumba (cultos afro-brasileiro derivado de práticas religiosas derivado de povos bantos), mandinga ( indivíduos dos mandingas, bruxaria) canjerê( reunião de pessoas para a prática de feitiçaria).
Na culinária brasileira originalmente popularizada temos, como Ex: fubá(farinha de milho ou de arroz), vatapá (Prato típico da cozinha baiana, muito apimentado, feito com peixe ou galinha, a que se adiciona leite de coco, camarões..., etc.), farofa(farinha comestível torrada ou escaldada), quitute (petiscos), acarajé(petiscos), caruru(Designação comum a várias plantas alimentares da família das amarantáceas, cujas folhas, verdes, são saborosas e nutritivas, e por isso muito usadas na culinária), canjica(papa de consistência cremosa feita com milho verde ralado), mungunzá(comida preparada com grãos de milho geralmente brancos), quibebe(papa de abóbora), quindim(doce feito de gema de ovo, coco e açúcar) e cachaça(origem controvertida- aguardente que se obtém mediante a fermentação e destilação de mel).  Os Topônimos, nomes de lugares e locais, Ex: Carangola (cidade de MG), Guandu, Muzambinho (cidade de MG), Bangu (local-RJ), Murundu, Caxambu (cidade de MG), Quilombo (esconderijo, aldeia), Senzala(conjunto de casa, alojamentos), entre outros. Também tais palavras de origem africanas apresentam em nosso léxico como nomes de roupas, instrumentos musicais e danças, Ex: macumba (pode ser instrumento de percussão), lundu (dança de par solto), maxixe(dança urbana geralmente instrumental), samba(dança cantada), marimba(instrumento de percussão), berimbau(instrumento de ferro que toca), tanga(espécie de avental), molambo (pedaço de pano sujo). As variedades são tantas que estão presente em nome de animais, frutos e plantas, ex: mangangá(espécie de peixe), camudongo (mamífero roedor), marimbondo(tipo de insetos), mutamba (arvoreta da família das plantas floríferas), jiló(tipo de erva), quiabo (fruto verde e peludo), etc.  Há ainda, nome de partes do corpo, deformidades palavras do cotidiano e doenças com origem africana, Ex: bunda(as nádegas), calombo(tumefação cutânea; inchaço), cacunda(dorso,costas), banguela(pessoa com falha na arcaria dentária), capenga(espécie de bolsa usada a tiracolo), caxumba(epidemia), cafuné(ato de coçar levemente a cabeça), caçula(movimento alternado que fazem duas pessoas ao pilão), mocambo( couto de escravos fugidos), e moleque(negrinho, menino de pouca idade), entre tantas outras.
As variedades lingüísticas africanas na língua portuguesa brasileira são tantas que nos levam a um leque enorme de possibilidades de estudo dessas palavras, pois além delas, fizeram nascer outras tantas no léxico brasileiro que são derivações como: pé-de-moleque e angu-de-caroço.
A verdade é que a grande maioria das palavras oriundas de línguas africanas, foram introduzidas há muitos tempos na língua portuguesa européia, mais a influencia aqui, no português brasileiro, foi sem dúvida maior. Ainda há no léxico português varias palavras recentes que surgiram recentemente como: rastafari (seita religiosa)
            A África continua inspirando o léxico brasileiro essa influência co- relacionada com a influência indígena abrange a fonética portuguesa, principalmente no linguajar “caipira”, falado nas áreas rurais, onde seus falantes têm pouca instrução formal ou quase nenhuma, como: fulo (flôr), muié (mulher), paiaço (palhaço), cosca (cósega), etc.
A influência africana continua a se propagar na língua portuguesa, e agora como lei na educação nacional, se faz necessário um cuidado especial ao estudo afro-brasileiro de forma interdisciplinar. Entre tantas palavras, foram selecionadas neste trabalho, de uma forma geral, as mais conhecidas e de uso mais freqüente entre os falantes do português brasileiro.

 















Objetivos




OBJETIVO GERAL

Compreender a importância da influência dos dialetos africanos na língua portuguesa brasileira, partindo dos estudos sincrônicos da influência africana, até os estudos diacrônicos dos mais diversos dialetos de origem afros presentes no léxico português.


OBJETIVOS ESPECÍFICOS


·         Facilitar a compreensão lingüística da língua portuguesa, sob uma perspectiva de viabilizar possibilidades de novas pesquisas.
·         Mostrar um estudo diacrônico da influencia afro no Português brasileiro um estudo sincrônico de alguns dialetos afros já introduzidos no nosso sistema lingüístico
·         Descrever essa influência africana na fonética, na morfologia e na sintaxe, principalmente nos dialetos caipira.



Metodologia


A pesquisa descrita e argumentada neste projeto, está dividida em duas partes, um diacrônico- que estuda e pesquisa a história da língua portuguesa brasileira e suas principais influências desde sua formação  com ênfase nas línguas africanas incorporadas  no português brasileiro.   E em uma segunda parte, dar-se a um estudo sincrônico-estudo individual aos dialetos africanos usualmente presente no nosso sistema lingüístico. Esse estudo dos dialetos e suas categorias e significados, individualmente acontece de modo a articular essas duas partes em pontos distintos, embora ambos se relacionem. Procuramos sanar os problemas levantados, sendo possível fazer subdividir os capítulos em estudo, porém essa subdivisão não poderá, de nenhuma forma fugir da sincronia e diacronia da influência africana no português brasileiro.
Em um primeiro momento será dedicado a discussão da história lingüística. Pretendendo primeiramente conhecer a história da língua portuguesa e detalhando as maiores influências no léxico português. Progressivamente em um segundo momento problematizaremos especificadamente cada categoria das palavras africanas na língua portuguesa e também essa influência no dialeto regional caipira.
Por fim, espera-se que a harmonia dos argumentos teóricos explanados nos dois momentos traga um conhecimento amplo e alcance os objetivos esperados, e ao mesmo tempo, sirva como instrumento de complemento de pesquisa para novos trabalhos lingüísticos.
            Almeja-se que a problemática de compreender a influência africana na língua portuguesa na visão estilística, seja analisada e descrita de forma clara, objetiva e dinamizadora a todos os leitores que se propuserem a ler e a compreender em uma análise critica este trabalho.  
           












Cronograma




Levantamento bibliográfico, leitura e análise dos dados
Redação inicial e finalização dos créditos
Qualificação
Redação
Redação Final e Defesa
2007.a
Set. Out. Nov. Dez.





2008.a
Jan. Fev. Mar. Abril





2008.b
Mai.Jun.
Jul. agos.





2008.c
Set. Out. Nov. Dez.





2009.a
Jan. Fev.
Mar. Abril





2009.b
Mai.Jun. Jul. Agos.






2007.a — Escolha do tema, pesquisas iniciais de livros, levantamento de dados em geral, leitura e análises dos dados levantados.
2008.a — Continuidade de levantamento dedados específicos (gramáticas, listas de palavras de origem africana, busca de significados) e leituras de textos sobre a história lingüística brasileira.
2008.b — Prosseguimento de leituras cognitivas, textos complementares, redação inicial e finalização da parte teórica do projeto e sua entrega.
2008.c — Qualificação do projeto, finalização do material, prescrição dos capítulos a serem desenvolvidos para a conclusão do trabalho final.
2009.a — Redação de tese dos capítulos prescritos, introduzirem aspectos sociais lingüísticos, as influências incorporadas na língua portuguesa e em fim a dissertação da tese final e encaminhar a correções.
2009.b — Redação do texto final, preparação e defesa da tese.

Referências Bibliográficas



TUTIKIAN, Jane. Velhas Identidades Novas- o pós-colonialismo e a emergência das nações de Língua Portuguesa. Porto Alegre: Sagra Luzzatt, 2006.

CHAVES, Rita. Angola e Moçambique: Experiência colonial e territorial literários.Cotia, SP: Ateliê Editorial,2005.

YEDA, Passoa. Educação Africanidades Brasil. Brasília: MEC-SECAD, 1996.


BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. 19.  ed. São Paulo: Ed.Nacional,1975.

LUFT, Celso Pedro. Novo Manual de Português. 6.  ed. rev. e atual. São Paulo: Globo, 2005.

CUNHA, Celso. Gramática da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: MEC- FENAME, 1972.

IDA, Manoel Said Ali. Gramática histórica da Língua Portuguesa. 3. ed. São Paulo: Melhoramentos, 1964a.

IDA, Manoel Said Ali. Formação de Palavras e Sintaxe do Português Histórico. São Paulo: melhoramentos, 1923.

BUARQUE. Aurélio. Mini Aurélio. 5. ed. Revista ampliada. Rio de Janeiro: Nova fronteira, 2001.

BUARQUE, Holanda de. Dicionário Eletrônico Aurélio.                      


Crato, agosto de 2008


Antonia Oscarina Alcantara


ANTONIA OSCARINA ALCANTARA












 JUAZEIRO- NORTE
2010



SINTESE

Não se pode fazer educação, se nela não estiverem incumbidos o dever de mudar os comportamentos, de levar os alunos a pensarem mais nos seus atos, em suas “próprias verdades” e, a se colocarem como pessoas de mesmo valor que as demais espécies.
A educação precisa ser pensada em duas vertentes, uma é a pedagógica, na qual o professor auxilia os alunos a aprenderem a ler e a escrever de forma cientificamente correta, baseados em autores, reflexões e construções quer seja essas individuais ou coletivas. E a vertente “espiritual”, vista aqui como valores primordiais para a educação humana do amanhã, que necessita ser construída no hoje, no presente. O professor nesta, se coloca como instrumento de reflexão para o aluno, ele deve levar o aluno a pensar nos seus atos, em seus comportamentos e tentar de forma coletiva quebrar os preconceitos, as visões egocêntricas dos alunos, e fazer uma analise do que são valores coletivos.
O tema que me propus a pesquisar, tem uma forte ligação com a disciplina axiologia para uma educação de valores, pois meu objeto principal de estudo são as políticas públicas educacionais, direcionados aos alunos de baixa renda e percebemos que na maioria das vezes, essas políticas são vistas com olhos de políticos que tem pouco, ou nenhum conhecimento de ciências educacionais, e são estes os responsáveis diretos pelas as decisões educacionais dos nosso pais, e os valores se perdem neles pelo fato de não terem conhecimento e decidirem um assunto tão serio como é a educação do nosso Brasil, daí já fere esses valores. A falta do conhecimento de um determinado assunto pedagógico nos impossibilita tomar decisões. Ex: um professor só pode lecionar uma disciplina se este tiver o conhecimento científico sobre a disciplina, mas o político não, muitas vezes “analfabeto” pode tomar uma decisão que compromete todas as disciplinas, sem o conhecimento delas. Este exemplo é só para que tenhamos a consciências que os valores da educação humana deve se estender às assembléias.
Acrescento nesta discussão que meu outro foco de pesquisa e observação são os alunos de baixa renda que desestimulados por tantas vezes ouvirem seus professores falarem que a escola pública “não presta”, que são raros os que conseguem entrarem no ensino superior, e que são pobres e faculdade é coisa de ricos, acabam perdendo os valores da dignidade, porque perdem seus sonhos. Percebemos, contudo, que os alunos de baixa renda, quando entram no ensino superior passam por um processo de mudança de valores, começam a enxergar com outros olhos à vida, começam a repensar suas ações e, a acreditar que a humanidade possui valores e que somos iguais as outras espécies e passam a ser agentes de mudanças de si mesmo e do meio, do grupo em que convivem.
É exemplar a disciplina estudada, quando vista no exemplo e nas atitudes dos alunos. A educação atinge sua glória quando a vimos no exemplo. Quando percebemos que o aluno passa a ser o professor, ele deixa de ser o ouvinte para ser o praticante daquilo que ele outrora ouviu. Os alunos de baixa renda vêm de um contexto social muito sensível, de uma situação econômica sofrida e muitas vezes uma vida familiar desastrosa, os valores desses jovens foram fixados em conflitos. Eles em grande maioria escutaram dos pais que o amor é um valor e que deveriam buscá-lo, mas em seu lar esse amor e transfigurado em ódio, em rancor, em brigas e o valor do exemplo deixa de existir e acaba desfazendo o ensinamento do amor.   
            Faz-se necessário neste caso que as políticas públicas de educação voltadas para essa clientela, revejam formas que venha garante o acesso e sucesso desses alunos no ensino superior, porque se estes conseguirem entrar em um curso superior e se este estudo de educação de valor não for bem trabalhado o aluno não terá o sucesso que se espera. Temos percebido que a universidade não tem conseguido promover nos jovens o amor, a solidariedade, a fidelidade, a honestidade, porque tem se preocupado muito mais com o conhecimento cientifico, por priorizado a promoção para o marcado d trabalho e não tem analisado que para essa promoção é necessário que o profissional seja antes humano porque se ele não for humano não produzirá com qualidade seu trabalho. As universidades precisam cultivar os valores humanos tais como, amor, paz, retidão, justiça e os priorizar nas disciplinas. O aluno precisa entender que ele necessita ter a compreensão que sua espécie não se faz superior pelo fato de pensar, os alunos necessitam despertar para se mesmo e fazerem auto avaliação de atitudes preconceituosas, pois não existe pessoa instruída se não haver nela os valores humanos.
            Esses valores também eles não são construídos apenas na escola, eles devem iniciar no berço, mas como já discutimos que nosso grupo de estudo vem de valores contraditórios entre o que se ensina e o que se vive, são raras as exceções desse grupo de estudo que conseguem adquirir estes valores em sua casa, no seio familiar.
É muito interessante estudar os valores em escala, porque quando no inicio falamos que a educação se faz em vertentes uma pedagógica e outra espiritual, ai vimos no estudo dos valores em escala segundo Vidal Sunción e Roberto Lima que “a fé é considerada como um dos principais fatores que dão sustentáculo a moral”. O divino fortalece o homem, a energia espiritual ela envolve e eleva os sentimentos a auto estima, o eu, e nesta visão não importa no que você crer, ou como você crer, o que percebemos é que o homem sente a necessidade de ter a fé em algo superior.
A política, por sua vez é ser vista como um dos últimos valores nesta escala, porque ela tem como responsabilidade observar e definir ações voltadas aos grupos, ela interfere diretamente na vida social dos homens, e infelizmente a política educacional não tem cumprido bem seu papel. A ela é incumbido o dever de estruturar a educação do país, ou seja, ela define as estruturas democráticas de direito para a sociedade. Percebe - se que a sociedade desacredita do sistema político porque não criam políticas educacionais permanentes, elas são só políticas de governo que duram quatro anos e logo quando outro governo assume desfaz o trabalho anterior, por mais que este tenha surtido bons efeitos só para não engrandecer o projeto criado em uma administração anterior, é ai que o valor da política morre, pelas as atitudes dos políticos.
 Observando a administração dos governantes, seus discursos a respeito de educação e suas políticas publicam, percebemos que há algo de errado, pois o discurso sobre educação tem sido belos e papeis, em plenárias, nos palanques, projetos e mais projetos são aprovados no senado e “a educação superior ainda exclui um numero considerável de alunos de baixa renda”.  As três esferas de Governo federal, estadual e municipal, faltam analisar e priorizar a educação de fato como um instrumento operacional e estratégico para mudar a realidade desta nação. A decisão tomada em relação ao ensino superior pela administração pública brasileira é indiscutivelmente codificada, pois a administração pública tem permitido a efetivação e expansão do ensino superior de forma privada, deixando as margens os alunos de baixa renda, pelos os mesmo não terem condição de mediante a um investimento privado.
Aristóteles classificou a política como pertencente “as ciências práticas”, então se não houver a prática da política visando o bem estar do homem, se não criar urgentemente uma forma de gerenciar melhor as políticas públicas educacionais essa definição da política como valor humano deixará de cumprir o seu papel na sociedade e perde sua valia. A justiça também é um dos valores humanos defendidos por Aristóteles como um valor de igualdade de equilíbrio e considera a justiça como “hábito”.
A discussão sobre a justiça não se destina à especulação ou à produção, mas à prática; o conhecimento ético, o conhecimento do justo e do injusto, é uma primeira premissa para que a ação se converta em uma ação justa ou conforme à justiça, porém não somente o conhecimento do que seja justo ou injusto faz do indivíduo um ser mais ou menos virtuoso, praticamente (...) o tema encontra-se no âmbito disciplinar, e não propriamente científico, que visa à ação, ou seja, à obtenção de resultados práticos através da razão como diretiva da ação humana (...) É a observação do homem em sua natural instância de convívio, a sociedade, que consente a formulação de juízos éticos; é desta experiência, pois, que se extrairão os conceitos explorados dentro da temática que se abeira das noções do justo e do injusto.1


A justiça esta ligada diretamente com a ética, com a prática com o valor da política porque trata de direitos iguais para todos.
___________________
.
A Constituição Federal trata claramente desses dois valores “Educação é direito de todos (justiça) e dever do estado (política educacional e responsabilidade familiar e social)”
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. (Constituição Fedaral de 1988)

Acredita-se com isso que o direito de todos seja de acesso a todos de igual modo para que a justiça se cumpra na lei que à segura, por outro lado o Estado é responsável pela a educação, é seu dever disponibilizar, oferecer e dar condições de acesso, permanência e sucesso desses alunos na escola, não apenas no ensino fundamental e médio, mais que criem políticas que garanta  também o acesso e permanência desses alunos  no ensino superior.
Acreditamos na educação, acreditamos que a maior revolução do homem esta nas mudanças de atitudes, pois elas são frutos de valores conquistados, adquiridos não só no seio familiar como também na escola. O conhecimento, a educação desperta no homem esse desejo de mudança, de fazer a diferença, de pensar e repensar seus próprios atos, de amar, de buscar a paz, de ser coluna na vida do outro, de ajudar, de estender a mão, de reconhecer que necessitas do outro também.
É tempo das universidades tentarem despertar os valores que se apagaram no decorrer da história, é tempo de despertar os valores que ficaram adormecidos no interior dos alunos, de vivificar os valores que morreram na sociedade, de acompanhar os novos valores, e nos adaptarmos a eles, porque estamos vivendo a época de quebras de paradigmas sociais e vivendo num mundo modernizado onde os valores mais lindos da alma ficam esquecidos.
A política educacional voltadas para a humanização do ensino se faz necessária nos dias atuais porque os jovens, assim como a sociedade esqueceu os valores da vida, que estão bem acima dos valores matérias. Temos que tentar conduziu os alunos ao amor, a paz, a justiça e a esperança, a fé porque já temos convicção que estes elementos são essências para que a sociedade se transforme e que assim diminua os altos índices de morte, prostituição, violência, drogas, depressão, suicídios, stress, traição, separações, em fim, todos os tipos de sofrimentos causados pela a falta desses valores.





4. BIBLIOGRAFIA


BITTAR, Eduardo C. B. A justiça em Aristóteles. 2 ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2001. p. 82- 83


Esse direito essencial está garantido na carta magna, capitulo III; seção I; Artigo 205 que diz: – "A educação, direito de todos e dever do Estado .

ANTROPOLOGIA CULTURAL




Dissertação sobre a relação entre antropologia e educação, abordando elementos tais como: cultura, relativismo cultural, etnocentrismo, socialização e multiculturalismo.









 ANTONIA OSCARINA ALCANTARA


















JUAZEIRO DO NORTE - CE
-2009-



A antropologia assume uma perspectiva integral no estudo de uma pessoa. Ela se preocupa com o que as pessoas são, pensam e fazem, e se abrange a toda extensão dos comportamentos humanos, porque tudo no estudo do homem, constitui-se em pensamento e ação. Desse modo, a antropologia é uma ciência comportamental, que ao nosso vê, pode sofrer grades alterações no seu percurso de estudo, e com muita precisão ela distingue os aspectos do comportamento humano, que são resultados de herança biológica e que são aprendidos.
A definição mais curta de antropologia pode ser tirada do próprio sentido etmológico do termo: Anthropos, palavra grega que significa homem e Logia, outro vocábulo helênico, que significa estudo ou ciência. Logo a antropologia é a ciência do homem. Ora-se pode objetar que não é somente a antropologia que estuda o homem. Muitas são, realmente as disciplinas científicas que se preocupam do homem, por exemplo, a genética, a sociologia, a zoologia, a psicologia, etc. (MELLO, Luiz Gozaga. P.34).

Assim, sabemos que a antropologia é apenas mais uma ciência que se propõem a estudar o homem, só que em uma área comportamental. A antropologia desenvolveu um conceito de cultura que antes, não era dado tanta importância. A cultura era apresentada como tudo que não era biológico, que não era ambiental. Mas como explicar a cultura desconsiderando esses fatores, se esses influenciam diretamente nos relacionamentos e comportamentos humanos?. Exemplo: A biologia diz que precisamos comer, a cultura diz o que comemos ou não, quando comemos, a freqüência de comer, como comemos (se com dedos, garfos, pauzinhos, etc.).  Precisamos de proteção: que tipo de roupa ou abrigo?; Precisamos dormir: quando? Onde?  De que forma? Em quê?. Aprendemos com isso que todas as culturas são essenciais, e ela se dar das necessidades biológicas, ambientais, sociais, psicológicas, então, não podemos enxergar a cultura em total desligamento dos fatores a que a cerca. A antropologia generaliza a respeito do comportamento humano, com base nos dados de muitas culturas e não somente nas culturas ocidentais, regionais ou locais, mas em uma visão global das múltiplas e mais diversas culturas.
A cultura não e só a manifestação artística ou intelectual que se expressa no pensamento. A cultura manifesta-se, sobretudo, nos gestos mais simples da vida cotidiana. Cultura é comer de modo diferente, é dar a mão de modo diferente, é relacionar-se com o outro de outro modo. A meu ver, a utilização desses três conceitos- - cultura, diferença, tolerância – é um modo novo de usar velhos conceitos. Cultura para nós , gosto de frisar, são todas as manifestações humanas, inclusive o cotidiano, e é no cotidiano que se dar algo essencial: o descobrimento da diferença ( Faundez e Freire, 1985:34).

            Em uma visão educacional a antropologia, contudo não deixa de ser uma área precisa da educação, pois estudar o comportamento humano. É um processo educacional que exige muitas pesquisas e observações. A educação por sua vez tem dado a antropologia um espaço muito grande e parte dela os estudos comportamentais. Existem vários métodos de pesquisa cientifica em relação à antropologia e a educação, uma delas que podemos citar é a área da observação participante, porque o que muitos antropólogos precisam aprender, muitas vezes não está em livros, pois o transculturalismo é necessário ser vivido pelo antropólogo. Ali quando ele passa a viver outras culturas ele sente a necessidade de aprender a apreciar as pessoas e suas perspectivas de vida, emergindo na cultura de outros e participando dela, aprendendo a vê-la como a vêem os nativos. A antropologia educacional também focaliza a interação humana, pois muitas vezes nossa cultura afeta nossa percepção, daí a sociedade precisa rever a comunicação inter-cultura que existe dentro de cada ser, para que possamos saber diferenciar a percepção do individuo de outra cultura. É importante ver do ponto de vista do receptor, e para isso, temos que ser abertos aos outras culturas. Nunca conseguiremos nos dispormos em uma totalidade de nossas culturas, nem a antropologia nos ensina isso, apenas temos que sermos sensíveis a sentir, a analisar e a compreender que todo povo tem seus comportamentos, valores, crenças, cosmovisão, hábitos, suas necessidades e são justamente delas que nascem as culturas, que é por fim um modo de vida de um povo.
Muitas questões se colocam na arena do cenário educativo nos nossos tempos hoje, o etnocentrismo consome a sociedade, pois ela infelizmente ainda não compreendeu e não consegue viver o multiculturalismo que o mundo vive. Grande parte dos homens acredita apenas em sua cultura como fidedigna, apenas em suas verdades aprendidas nos berços, outras no meio de um povo que nunca se propôs a aceitar, a compreender a cultura de outros.
Existe hoje uma necessidade muito grande de se discutir e repensar as questões sociais, muitas vezes ligadas à pluralidade de enfoques da cultura da escola, que tem um papel muito importante na sociedade. Pensar a educação escolarizada a partir da perspectiva ou dimensão cultural, romper os preconceitos muitas vezes criados pela a própria escola. É um processo de globalização difícil mais não impossível. Hoje já se faz necessário o estudo afro na grade curricular brasileira, porem, cultura não é apenas os costumes brasileiros, africanos, indígenas, etc. Vai muito mais alem essa reflexão. Nessas teias complexas das culturas propomos que as escolas introduzam mais debates sobre a identidade de um povo, sobre seus costumes, valores, nos diferentes campos sociais, e por sua vez crie nas escolas um processo de estudo de globalização multiculturais, e que a escola desenvolva um papel de reflexão, respeito e compreensão pelos mais diversos movimentos socioculturais.
Como nas outras esferas da vida social, os negros (pretos e pardos) são também penalizados no plano da educação: enfrentam maiores dificuldades de acesso e permanência na escola, assim como freqüentam escolas de pior qualidade, redundando em maior índice de reprovação e atraso escolar, do que aqueles observados entre os brancos. Em linhas gerais, as pesquisas sobre oportunidades educacionais tem encontrado trajetórias escolares diversas para amarelos, brancos, pretos e pardos, evidenciando desvantagens para esses últimos no acesso a escola e ao ritmo de sua progressão caracterizado como mais lento e acidentado (Rosemberg, 1989:79)

Os desafios multiculturais são o respeito, a compreensão e o ocultumanto das diferenças, entre gêneros, raças, opções sexuais, de identidades, de origens, de pertencimento, etc. Trazer para todas essas diferenças uma igualdade global.
A identidade individual de um individuo, permite que este seja localizado, ou não seja localizado em um meio social, podendo  ao mesmo tempo, incluir- se,e excluir-se, ou, ser incluído, ou ser excluído de um grupo por seus aspectos culturais.
Compreendemos assim, que o relativismo cultural é muito diverso, contudo se faz necessário uma reflexão sobre as diversidades culturais, pois sabemos que nossa cultura, muitas vezes desaprova praticas que outras culturas aprovam.  Assim reafirmamos o que antes já foi escrito: que não existe culturas melhores ou piores que outras. Porque, o que para nós cristãos é errado, para um grupo de muçumamos pode ser certo, em alguns paises o homossexualismo e a poligamia são aceitos, em outros países é visto como depravação, imoralidade. No nosso próprio país existe diversidade cultural que é desconsiderado de uma região para outra, até mesmo aqui na região cariri, existem grupos que tem culturas que não somos ocustumados a aceitar, como torturas para receber perdão de pecados. E também até na cultura local, ainda existe as subdivisões de grupos e conseguintemente de culturas. Nem todos são obrigados a fazer parte daquele tipo de cultura. A realidade é que as diferenças culturais irão sempre existir tanto nos aspectos, religiosos, econômicos, sociais, e políticos de um povo. Resta - nos então, refletirmos sobre o etnocentrismo, e passarmos a compreender as culturas sem julgá-las. A globalização cultural nos propõe exatamente isso, ocultar os nossos próprios conceitos em relação à cultura do outro, a compreende - lá e a interagir com as tais.
O etnocentrismo, por sua vez é o grande mal causado na sociedade. Muitos acham que apenas a sua cultura é a certa, e a boa, que defendem que sua cultura tem legitimidade, que somente suas normas culturais são corretas e aceitas na sociedade. Assim ela se mostra como a cultura dominante, a fidedigna e a melhor. Já foi visto que este tipo de conceito não é valido, que cultura não deve ser visto e encarada dessa forma. Muitas são as explicações e as teorias a respeito das mais diversas reflexões culturais, nos abrindo um leque muito grande de analises, de pesquisas, que nos deixam ansiosos depois desta iniciativa, a buscar novos conhecimentos em relação a antropologia, a educação e seus elementos que os norteiam.
Não poderia deixar de citar o grande nome da antropologia cultural, Franz Boas. Ele acreditava que para estudar a cultura teria que se olhar também como que cada indivíduo age na sociedade, e em decorrência do sucesso das analises do individua agindo na sociedade é que tinha uma definição em prol da existência de "cultura(s)" e não "cultura"s. Boas, também escreve contra o racismo e a favor do multiculturalismo se tornou o fundador da antropologia cultural norte-americana e suas abordagem se tornou das mais bem aceitas e coerentes.
Para finalizar, acreditamos que a cultura é um modo total de viver. Nela abrange todas as fases da vida, todas as faixas etárias, e todas as circunstancias. Ela é um sistema adaptável, pode ser aprendida, faz sentido àqueles que estam a ela envolvidos, ela estar sempre em constante mudança, e opera em torno de suas próprias suposições ( cosmovisão e ideologias). É a visão de mundo de um povo.
Até quando viveremos assim? Que cultura é a nossa que não nos permiti aceitar a cultura do outro?. Os desafios, os conflitos presentes na problemática da sociedade multiculturais são diversos, muitas já são os textos escritos sobre esse processo de aceitação das culturas, mais ainda o povo se limita a julgar, a achar que somente seus costumes, suas crenças, seus valores são os melhorais, são os corretos. Onde estão os resultados das reflexões?. Devemos reconhecer como agentes revolucionários, os que procedem dessa forma:
É mais do que um ato de compreender quem somos; é um ato de reivindicação de nós mesmos a partir de nossas identificações culturais sobrepostas e de nossas práticas sociais, de forma que possamos vinculá-las à materialidade da vida social e as relações de poder que as estruturam e as sustentam (McLaren, 200:2).

Espera-se que o estudo em relação a este assunto, venha integra a cultura dos dias atuais e que servir de reflexão para histórias culturais particulares de muitos indivíduos.





Referências


CANDAU, Vera Maria. Sociedade, Educação e Cultura: Questões e Propostas. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 2002.284p.

MELLO,Luiz Gonzaga de: Antropologia Cultural: Iniciação, Teorias e Temas. Petrópolis, Rio de Janeiro: 15. ed. Vozes,2008.528p.

BOAS, Franz. Race, language and culture. Chicago, The University of Chicago, 1966.

ROSEMBERG, Bernard e WHITE, David Manning. Cultura de Massa. São Paulo, Editora Cultrix, 1973.

FAUNDEZ, A. e FREIIRE, Paulo. Por uma pedagoa da pergunta . Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1985.
TORRES, Carlos Alberto.  Teoria Critica e Sociológica Política da Educação. São Paulo: Cortez: Instituto Paulo Freire, 2003.









Antonia Oscarina Alcantara
Juazeiro do Norte-Ce
Novembro de 2009.