TARRAFAS- CE

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Nosso coração está onde estão nossos amores! Família Amor da minha vida.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011


ANTONIA OSCARINA ALCANTARA












 JUAZEIRO- NORTE
2010



SINTESE

Não se pode fazer educação, se nela não estiverem incumbidos o dever de mudar os comportamentos, de levar os alunos a pensarem mais nos seus atos, em suas “próprias verdades” e, a se colocarem como pessoas de mesmo valor que as demais espécies.
A educação precisa ser pensada em duas vertentes, uma é a pedagógica, na qual o professor auxilia os alunos a aprenderem a ler e a escrever de forma cientificamente correta, baseados em autores, reflexões e construções quer seja essas individuais ou coletivas. E a vertente “espiritual”, vista aqui como valores primordiais para a educação humana do amanhã, que necessita ser construída no hoje, no presente. O professor nesta, se coloca como instrumento de reflexão para o aluno, ele deve levar o aluno a pensar nos seus atos, em seus comportamentos e tentar de forma coletiva quebrar os preconceitos, as visões egocêntricas dos alunos, e fazer uma analise do que são valores coletivos.
O tema que me propus a pesquisar, tem uma forte ligação com a disciplina axiologia para uma educação de valores, pois meu objeto principal de estudo são as políticas públicas educacionais, direcionados aos alunos de baixa renda e percebemos que na maioria das vezes, essas políticas são vistas com olhos de políticos que tem pouco, ou nenhum conhecimento de ciências educacionais, e são estes os responsáveis diretos pelas as decisões educacionais dos nosso pais, e os valores se perdem neles pelo fato de não terem conhecimento e decidirem um assunto tão serio como é a educação do nosso Brasil, daí já fere esses valores. A falta do conhecimento de um determinado assunto pedagógico nos impossibilita tomar decisões. Ex: um professor só pode lecionar uma disciplina se este tiver o conhecimento científico sobre a disciplina, mas o político não, muitas vezes “analfabeto” pode tomar uma decisão que compromete todas as disciplinas, sem o conhecimento delas. Este exemplo é só para que tenhamos a consciências que os valores da educação humana deve se estender às assembléias.
Acrescento nesta discussão que meu outro foco de pesquisa e observação são os alunos de baixa renda que desestimulados por tantas vezes ouvirem seus professores falarem que a escola pública “não presta”, que são raros os que conseguem entrarem no ensino superior, e que são pobres e faculdade é coisa de ricos, acabam perdendo os valores da dignidade, porque perdem seus sonhos. Percebemos, contudo, que os alunos de baixa renda, quando entram no ensino superior passam por um processo de mudança de valores, começam a enxergar com outros olhos à vida, começam a repensar suas ações e, a acreditar que a humanidade possui valores e que somos iguais as outras espécies e passam a ser agentes de mudanças de si mesmo e do meio, do grupo em que convivem.
É exemplar a disciplina estudada, quando vista no exemplo e nas atitudes dos alunos. A educação atinge sua glória quando a vimos no exemplo. Quando percebemos que o aluno passa a ser o professor, ele deixa de ser o ouvinte para ser o praticante daquilo que ele outrora ouviu. Os alunos de baixa renda vêm de um contexto social muito sensível, de uma situação econômica sofrida e muitas vezes uma vida familiar desastrosa, os valores desses jovens foram fixados em conflitos. Eles em grande maioria escutaram dos pais que o amor é um valor e que deveriam buscá-lo, mas em seu lar esse amor e transfigurado em ódio, em rancor, em brigas e o valor do exemplo deixa de existir e acaba desfazendo o ensinamento do amor.   
            Faz-se necessário neste caso que as políticas públicas de educação voltadas para essa clientela, revejam formas que venha garante o acesso e sucesso desses alunos no ensino superior, porque se estes conseguirem entrar em um curso superior e se este estudo de educação de valor não for bem trabalhado o aluno não terá o sucesso que se espera. Temos percebido que a universidade não tem conseguido promover nos jovens o amor, a solidariedade, a fidelidade, a honestidade, porque tem se preocupado muito mais com o conhecimento cientifico, por priorizado a promoção para o marcado d trabalho e não tem analisado que para essa promoção é necessário que o profissional seja antes humano porque se ele não for humano não produzirá com qualidade seu trabalho. As universidades precisam cultivar os valores humanos tais como, amor, paz, retidão, justiça e os priorizar nas disciplinas. O aluno precisa entender que ele necessita ter a compreensão que sua espécie não se faz superior pelo fato de pensar, os alunos necessitam despertar para se mesmo e fazerem auto avaliação de atitudes preconceituosas, pois não existe pessoa instruída se não haver nela os valores humanos.
            Esses valores também eles não são construídos apenas na escola, eles devem iniciar no berço, mas como já discutimos que nosso grupo de estudo vem de valores contraditórios entre o que se ensina e o que se vive, são raras as exceções desse grupo de estudo que conseguem adquirir estes valores em sua casa, no seio familiar.
É muito interessante estudar os valores em escala, porque quando no inicio falamos que a educação se faz em vertentes uma pedagógica e outra espiritual, ai vimos no estudo dos valores em escala segundo Vidal Sunción e Roberto Lima que “a fé é considerada como um dos principais fatores que dão sustentáculo a moral”. O divino fortalece o homem, a energia espiritual ela envolve e eleva os sentimentos a auto estima, o eu, e nesta visão não importa no que você crer, ou como você crer, o que percebemos é que o homem sente a necessidade de ter a fé em algo superior.
A política, por sua vez é ser vista como um dos últimos valores nesta escala, porque ela tem como responsabilidade observar e definir ações voltadas aos grupos, ela interfere diretamente na vida social dos homens, e infelizmente a política educacional não tem cumprido bem seu papel. A ela é incumbido o dever de estruturar a educação do país, ou seja, ela define as estruturas democráticas de direito para a sociedade. Percebe - se que a sociedade desacredita do sistema político porque não criam políticas educacionais permanentes, elas são só políticas de governo que duram quatro anos e logo quando outro governo assume desfaz o trabalho anterior, por mais que este tenha surtido bons efeitos só para não engrandecer o projeto criado em uma administração anterior, é ai que o valor da política morre, pelas as atitudes dos políticos.
 Observando a administração dos governantes, seus discursos a respeito de educação e suas políticas publicam, percebemos que há algo de errado, pois o discurso sobre educação tem sido belos e papeis, em plenárias, nos palanques, projetos e mais projetos são aprovados no senado e “a educação superior ainda exclui um numero considerável de alunos de baixa renda”.  As três esferas de Governo federal, estadual e municipal, faltam analisar e priorizar a educação de fato como um instrumento operacional e estratégico para mudar a realidade desta nação. A decisão tomada em relação ao ensino superior pela administração pública brasileira é indiscutivelmente codificada, pois a administração pública tem permitido a efetivação e expansão do ensino superior de forma privada, deixando as margens os alunos de baixa renda, pelos os mesmo não terem condição de mediante a um investimento privado.
Aristóteles classificou a política como pertencente “as ciências práticas”, então se não houver a prática da política visando o bem estar do homem, se não criar urgentemente uma forma de gerenciar melhor as políticas públicas educacionais essa definição da política como valor humano deixará de cumprir o seu papel na sociedade e perde sua valia. A justiça também é um dos valores humanos defendidos por Aristóteles como um valor de igualdade de equilíbrio e considera a justiça como “hábito”.
A discussão sobre a justiça não se destina à especulação ou à produção, mas à prática; o conhecimento ético, o conhecimento do justo e do injusto, é uma primeira premissa para que a ação se converta em uma ação justa ou conforme à justiça, porém não somente o conhecimento do que seja justo ou injusto faz do indivíduo um ser mais ou menos virtuoso, praticamente (...) o tema encontra-se no âmbito disciplinar, e não propriamente científico, que visa à ação, ou seja, à obtenção de resultados práticos através da razão como diretiva da ação humana (...) É a observação do homem em sua natural instância de convívio, a sociedade, que consente a formulação de juízos éticos; é desta experiência, pois, que se extrairão os conceitos explorados dentro da temática que se abeira das noções do justo e do injusto.1


A justiça esta ligada diretamente com a ética, com a prática com o valor da política porque trata de direitos iguais para todos.
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A Constituição Federal trata claramente desses dois valores “Educação é direito de todos (justiça) e dever do estado (política educacional e responsabilidade familiar e social)”
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. (Constituição Fedaral de 1988)

Acredita-se com isso que o direito de todos seja de acesso a todos de igual modo para que a justiça se cumpra na lei que à segura, por outro lado o Estado é responsável pela a educação, é seu dever disponibilizar, oferecer e dar condições de acesso, permanência e sucesso desses alunos na escola, não apenas no ensino fundamental e médio, mais que criem políticas que garanta  também o acesso e permanência desses alunos  no ensino superior.
Acreditamos na educação, acreditamos que a maior revolução do homem esta nas mudanças de atitudes, pois elas são frutos de valores conquistados, adquiridos não só no seio familiar como também na escola. O conhecimento, a educação desperta no homem esse desejo de mudança, de fazer a diferença, de pensar e repensar seus próprios atos, de amar, de buscar a paz, de ser coluna na vida do outro, de ajudar, de estender a mão, de reconhecer que necessitas do outro também.
É tempo das universidades tentarem despertar os valores que se apagaram no decorrer da história, é tempo de despertar os valores que ficaram adormecidos no interior dos alunos, de vivificar os valores que morreram na sociedade, de acompanhar os novos valores, e nos adaptarmos a eles, porque estamos vivendo a época de quebras de paradigmas sociais e vivendo num mundo modernizado onde os valores mais lindos da alma ficam esquecidos.
A política educacional voltadas para a humanização do ensino se faz necessária nos dias atuais porque os jovens, assim como a sociedade esqueceu os valores da vida, que estão bem acima dos valores matérias. Temos que tentar conduziu os alunos ao amor, a paz, a justiça e a esperança, a fé porque já temos convicção que estes elementos são essências para que a sociedade se transforme e que assim diminua os altos índices de morte, prostituição, violência, drogas, depressão, suicídios, stress, traição, separações, em fim, todos os tipos de sofrimentos causados pela a falta desses valores.





4. BIBLIOGRAFIA


BITTAR, Eduardo C. B. A justiça em Aristóteles. 2 ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2001. p. 82- 83


Esse direito essencial está garantido na carta magna, capitulo III; seção I; Artigo 205 que diz: – "A educação, direito de todos e dever do Estado .